PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES (CAMINHANDO). Geraldo Vandré (1968)

.

.

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES (CAMINHANDO)

Geraldo Vandré

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção.
.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
.
.
Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
.
.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
.
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
.
.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
.
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
.
.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

._______________________

POR DESGRACIA… (*). Alberto González Cáceres (Alcalá, 1953-Monsaraz, 2009)
«OBSERVAD AL CIERVO: SABE». Anónimo del s. XXI encontrado en las escalinatas de las Setas de La Encarnación (Compilaciones de Rafael Rodríguez González —Sevilla 2012—)
EL BARCO (POEMA DE PABLO NERUDA). Por Rafael Rodríguez González

.

3 comments.

  1. Hermoso, y justo. Hermosa, y justa.

  2. Como la poesía misma y como la vida a la que debemos aspirar…

    L.

  3. […] __________________   PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES (CAMINHANDO). Geraldo Vandré (1968) […]

Post a comment.